Tudo bem? Ultimamente, muitos filmes interessantes estão estreando nos cinemas!
Dentre eles, um dos mais novos chama-se Teoria do Tudo, um filme que conta a trajetória pessoal e acadêmica do físico teórico e cosmólogo britânico Stephen William Hawking.
Aos 21 anos, Hawking começou a ter alguns sintomas estranhos, falta de coordenação e certa atrofia muscular. Após muitos médicos e muitos exames, disseram a ele que seu problema se chamava Esclerose Lateral Amiotrófica, ou Doença do Neurônio Motor. Segundo os especialistas, a doença degenerativa faria com que, gradualmente, Stephen perdesse o controle de seus músculos voluntários e deixasse de se mover, falar, teria dificuldades até mesmo para engolir.
Não há cura, foi o que lhe disseram. Você tem somente dois anos de vida.
O filme, dirigido por James Marsh, conta a história de Stephen Hawking a partir desta época.
O espectador pode acompanhar, com uma profundidade impressionante, a raiva e o desespero do jovem cosmólogo diante das perspectivas sombrias de sua doença. Ele descobre, porém, que há alguma esperança em tudo isso - Jane Wilde, uma jovem estudante de Literatura, o ama e quer estar ao lado dele e ajudá-lo a passar por todas as dificuldades.
Stephen e Jane se casam e constituem família. O espectador pode mergulhar na vida familiar e acompanhar o nascimento dos três filhos de Hawking, Robert, Lucy e Timothy. A progressão da doença, porém, torna a vida cada vez mais difícil e a carga nos ombros de Jane começa a pesar.
A fama de Stephen decola pouco após ele obter seu doutorado. Ele começa a viajar pelo mundo, dando palestras sobre suas teorias e dando continuidade às suas pesquisas.
Esse filme, em síntese, mostra a trajetória de um homem sonhador e alegre que desafiou a Medicina ao ultrapassar a curta expectativa de vida dada por sua doença. Ele venceu a descrença e o medo e foi além do que se esperava. Ele perdeu os movimentos e a fala, recebeu uma nova voz e ela, hoje, é seu símbolo.
Stephen enfrentou muitos obstáculos, mas nunca parou por pena de si mesmo ou autopiedade. Ele teve o apoio dos amigos e dos alunos, além da admiração de milhares de fãs e admiradores ao redor do mundo. Ele enfrentou sentimentos controversos em seu casamento, sem poder ajudar sua esposa como gostaria. A dor que sentiu ao saber que ela não conseguiria mais sustentar aquele casamento, mesmo após 25 anos de trajetória ao lado dele. Ele enfrentou a morte e mergulhou nos mistérios do universo.
Ele nunca se intimidou. Como ele próprio um dia disse, seu corpo está preso, mas sua mente é livre.
Stephen Hawking, hoje com 72 anos, é um homem divertido, persistente, inteligentíssimo e exemplar. O filme mostra um lado mais humano desse cientista tão aclamado, um lado que possui defeitos e fraquezas, um lado que esconde uma genialidade única e uma paixão pela vida singular.
Stephen, no filme, é interpretado pelo ator Eddie Redmayne, e Jane Wilde é interpretada pela atriz Felicity Jones. O elenco foi muito bem escolhido e a história foi muito bem construída, tornando-se ainda mais bela.
Embarque nesta trajetória bela, triste e surreal ao lado de Stephen, enquanto ele e Jane contam para você sua história. Você vai chorar (leve lenços, estou avisando), vai se assustar, vai se indignar e vai se surpreender.
Ah, você também vai rir. Stephen é um homem de muito bom humor.
- Laila.