quinta-feira, 24 de julho de 2014

Até onde podem ir...?

Penso, às vezes, nas palavras.
A humanidade as desenvolveu, colocou-as em diferentes idiomas e, desde então, as usa como meio de comunicação. Contudo, eu imagino - será que nós conhecemos a sua verdadeira capacidade?
Palavras podem ser reconfortantes. Podem ser quentes, carinhosas, necessárias. Por vezes, porém, as mesmas podem ser frias, perigosas, podem machucar.
Na História, muitas pessoas já souberam usar a palavra. Martin Luther King era uma dessas pessoas. Ele usou a palavra para causar uma revolução na mente das pessoas, uma coisa boa, e por isso ele fez a diferença. Ele queria que as pessoas imaginassem, assim como pediam os Beatles - "Imagine all the people..." - um mundo novo, talvez melhor, onde não houvesse tanto ódio e descriminação por algo tão supérfluo como a cor da pele.
No entanto, também houveram pessoas como Adolf Hitler, que souberam usar a palavra para infiltrar ideias perigosas na mente das pessoas, chegando a fazê-las acreditar que o mal era necessário. Ele e mais uma minoria foram responsáveis pela morte de milhares de pessoas. Mortes injustas, é claro, e com isso podemos ver o poder que as palavras possuem.
As palavras são algo essencial em nossas vidas. Com elas, podemos disseminar ideias, atitudes, exemplos. Podemos alcançar pessoas que estão a quilômetros de distância de nós. Podemos nos conectar ao mundo - e, corrijam-me se eu estiver errada -, sendo isso um dos ápices da nossa evolução.
Claro, algumas pessoas podem não ouvir. É um direito delas, de qualquer modo. Contudo, as palavras sempre estarão ali - rondando, até que lhes seja aberta uma oportunidade.
Até onde elas podem ir? Eu diria a você que elas podem ir a qualquer lugar. Seu efeito pode ser rápido ou lento, mas sempre é eficiente. Somos perfeitamente capazes de usá-las para fazer coisas boas - então, por que é que, na maioria das vezes, não estamos fazendo isso?
E você, o que acha? Na sua opinião, qual é o verdadeiro poder das palavras?

 
 
- Laila.

domingo, 20 de julho de 2014

Amizade é para os fortes...

Ah, amigos...
Pela minha experiência, eu posso dizer que não dá para contar nos dedos quantas vezes nós passamos por apuros e tivemos um grande amigo ao lado para nos socorrer.
Afinal, o que são amigos?
Amigos são pessoas estranhas que, ao nascerem, não fazem a menor ideia de quem somos ou quem seremos. Eles não estão nem aí para as nossas dores de barriga, para os nossos tombos ou para as nossas vontades de comer doces ou ir ao cinema. Eles não fazem ideia de quais músicas nós gostamos, quais ídolos admiramos, quais profissões queremos seguir.
Bom, pelo menos até nos encontrarem.
A amizade é um dos fenômenos mais bonitos da natureza. Ela é normalmente instantânea, às vezes pode demorar um pouquinho para ser percebida... Basta um olhar certo, um sorriso na ocasião apropriada, um comentário oportuno e... BUM! Ali nasceu uma amizade.
Amizades podem ser intensas, como também podem ser graduais, crescentes. Elas podem ser breves, como também podem ter a duração de uma vida. Elas podem ser superficiais, como também podem ser sinceras. Elas podem ser frias, como também podem ser quentes e repletas de carinho e cuidado.
Amigos são estranhos que podem se tornar irmãos. O sangue não importa - essas pessoas se tornam parte da nossa vida e a partida das mesmas deixaria um vazio inquietante. Amigos são aqueles que nos conhecem, muitas vezes, melhor do que nós mesmos. São aqueles que riem das nossas piadas sem graça, que nos ajudam a levantar das quedas, que sabem a hora certa de nos corrigir - afinal, eles gostam de nós e não querem nos ver metidos em problemas. São aqueles que sabem falar e sabem ouvir, sabem receber e dar conselhos, sabem pedir e aceitar desculpas após uma discussão. São aqueles que sabem que a distância e o tempo são fatores insignificantes quando o que existe entre um e outro é verdadeiro.
Amigos são aqueles que sempre nos lembram de que, apesar de tudo, estamos sob o mesmo céu. Estamos olhando para o mesmo sol, para a mesma lua, para as mesmas (ou talvez não) estrelas, que somos mais do que semelhantes, somos irmãos além do que a genética diz.
Amigos são aqueles que moram num cantinho confortável do nosso coração. São aqueles que sabem da existência de um outro significado para os dizeres "eu te amo".
Eu agradeço aos deuses, todos os dias, por estes irmãos que o Destino me permitiu escolher <3

 
 
 
- Laila.

domingo, 13 de julho de 2014

It's time for Germany!

Alemanha, campeã da Copa do Mundo 2014!
A seleção alemã, hoje, obteve uma vitória mais do que merecida. Superaram a seleção da Argentina - que jogou muito bem, aliás - e puderam erguer a tão cobiçada taça da Copa do Mundo.
O time da Alemanha mostrou em campo, mais uma vez, sua garra e seu compromisso. Eles exibiram seu entrosamento, sua tática, seu senso de oportunidade - do qual saiu aquele belíssimo gol de Mario Götze - e mostrou ao mundo, mais uma vez, o motivo pelo qual mereciam ser campeões.
A Alemanha nos mostrou que, para compor um verdadeiro time, não é necessário haver um nome de destaque - todos os jogadores são importantes, e todos, no momento certo, podem demonstrar suas habilidades. Houveram alguns erros, claro, mas a seleção alemã passou por cima de todos e levou a Copa.
Não há como eleger o melhor jogador da partida, mas nomes como Miroslav Klose, Thomas Müller, Bastian Schweinsteiger, Manuel Neuer, Philipp Lahm e André Schürrle estão na boca da torcida, dentre todos os outros que, juntos, se esforçaram e fizeram acontecer. O senso de equipe da seleção alemã, mais uma vez, os levou ao topo.
Queria registrar aqui meu agradecimento a todas as contribuições que recebemos da parte deles, de todo o carinho e apoio que eles deram ao nosso país e à nossa seleção brasileira. É, de fato, um time que vem crescendo, se desenvolvendo e trabalhando duro, e a vitória foi mais do que merecida. Eles são, mais do que nunca, um grande exemplo a ser seguido.
Parabéns, Joachim Löw. Você treinou um time e tanto.

 
 
 
- Laila.

terça-feira, 8 de julho de 2014

O Apagão Brasileiro

O Brasil, como o mundo já sabe, acabou de tomar uma goleada épica da Alemanha.
O jogo se encerrou com 7 gols da Alemanha e apenas 1 gol brasileiro.
Vou dizer, não consigo acreditar no que aconteceu. A seleção brasileira se deixou dominar pelo emocional após apenas dois gols do adversário? Oras, esse não é o nosso estilo de futebol! Durante a partida, eu só me perguntava - onde foi parar o time que apertou a Colômbia, que deu muito trabalho para os adversários? O que aconteceu com aquele time?
Eu até entendo que a saída do Neymar e a suspensão do Thiago Silva tiveram um impacto nos jogadores, mas isso não justifica o apagão que eles sofreram. De um minuto para outro, a Alemanha tinha o domínio total e absoluto sobre o jogo! Não havia defesa brasileira, não havia ataque - o campo se tornou o playground alemão e a nossa seleção se perdeu.
Os únicos jogadores que meus olhos viram se esforçando foram Júlio César, Bernard e David Luís. Mesmo eles cometeram muitos erros, e os outros não conseguiam se ajustar. As sucessivas falhas brasileiras abriram espaço para que a seleção alemã demonstrasse sua maturidade em campo, sua técnica e entrosamento.
A derrota é dura, claro que é. O Brasil se deixou humilhar, e isso ficou óbvio. Houve esforço sim, mas eles permitiram que o emocional tomasse conta de tudo - e o emocional não joga futebol. Alemanha manteve a experiência e a frieza em campo, mostrando ao Brasil que é preciso muito mais do que gingado e fé para conquistar uma Copa do Mundo. Agora, a seleção brasileira precisa ser humilde e aceitar a derrota de cabeça erguida - este não é o fim do mundo. Eles devem observar aonde ocorreram as falhas para que possam corrigi-las e para que possam aperfeiçoar o método de jogo.
Haverá muito choro, sabemos disso. A tristeza e a decepção são consequências e a seleção brasileira terá que lidar com isso. Os jogadores podiam ter feito muito mais do que fizeram, mas não são inteiramente culpados - eu sinto que falta para eles um controle sobre o lado emocional. Essa derrota não significa que eles são ruins, e eles não podem se deixar abalar. Agora, mais do que nunca, eles precisam mostrar sua força, sua humildade e capacidade de superação. A torcida não desistiu deles, e eles não podem desistir de si mesmos também. Ainda bem que o menino Oscar conseguiu resgatar um pouquinho da nossa dignidade com aquele gol.
Vamos ver se, agora, o país acorda para os milhares de outros problemas que nós temos. Muitos outros. Vamos ver se agora eles ganham a devida atenção.

 
 
- Laila.


sábado, 5 de julho de 2014

A fada na margem do lago

"Eu estava andando.
Andando no parque. O sol estava quente, parecia que ia me queimar a cabeça. A camiseta grudava nas minhas costas. Que desagradável. Que vontade louca de me jogar no laguinho e tomar um banho, sem me importar se os patos e gansos vão olhar para mim.
Talvez eles tenham o direito de olhar. Afinal, o lago é deles. Com certeza eles vão se assustar com a minha cara feia e usarão seus bicos para deformá-la ainda mais. Não. Não preciso disso. Já me bastam as espinhas e o nariz adunco. Sei que pareço um gnomo e não preciso de patos para confirmar isso.
Parei na beira do lago. Esfreguei meus olhos, que ardiam. O sol me queimava. Ora, eu deveria ir embora ou procurar uma sombra. Que preguiça. O sol me dá preguiça. Cada segundo que passa é mais uma célula minha sendo queimada. Mas não estou nem aí. Minhas células devem ser feitas de preguiça.
Ergui o olhar, sem nenhuma razão em especial, apenas ergui. E então a vi. Esfreguei os olhos de novo. Ela ainda estava ali. Era uma menina, mas não qualquer menina. Ela era... Mais bonita? Parecia uma fada, flutuando na margem do lago. Você pode até pensar que é brega eu chamá-la de fada, mas é verdade. O rostinho dela era delicado como a pétala de uma flor. O nariz era pequeno e bonitinho, como o de uma bonequinha. O cabelo era enroladinho e pulava quando ela se mexia. Cabelos podem pular? O dela pulou. Parecia vivo. A boca dela... Caramba, que comichão é esse na minha língua?
De repente, me perdi. Perdi-me numa imensidão que brilhava. Essa imensidão tinha cor de chocolate e seu brilho era como um reflexo da lua. Espera. Como assim? Reflexo da lua? Mas ainda está de dia! Deixe-me tentar voltar ao planeta Terra para entender o que é que está acontecendo. Ah, é mesmo. Eu olhei nos olhos daquela menina e me perdi.
Nossa, que menina linda. Ela ainda não olhou para o meu pedaço da margem. Eu queria que alguma força invisível do Universo a fizesse olhar para cá. Qual será o nome dela? Será que eu devo ir até ela e perguntar? Não, espera. Parem o mundo que eu preciso descer por um minuto. Eu não a conheço, e ela não me conhece. Ela é a fada do lago que vive em uma flor, e eu sou o gnomo feioso que mora em uma erva-daninha.
E agora? Falo com ela ou não falo? Falo ou não falo? Vou até ela ou não vou? Minhas pernas não querem me obedecer. Malcriadas. Vou ou não vou? Mas, se eu for, o que vou dizer? Ela está na outra margem do laguinho. Ergueu o olhar e o cruzou com o meu. Sorriu e então se levantou para ir embora.
Não! Vamos pernas, mexam-se! Ela está indo embora! Fiquei ali, só olhando, remoendo em mim a vontade de ir atrás dela. Vou ou não vou? Se não for agora, não vai ser nunca mais. Tenho que ir. Mas e se a fada não gostar do gnomo? Acho que é melhor eu parar de pensar e simplesmente ir. Senão, minhas pernas vão se lembrar de que não querem me obedecer.
Fui. Pulei as pedras pela margem do laguinho, atrás da menina.
Corri."
(Miriade)

 
 
...
 
Ah, e força ao menino Neymar. O "acidente" que ele sofreu no jogo contra a Colômbia foi bastante grave, espero que ele possa se recuperar.
 
 
- Laila.