quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Estarei ali... A uns 403 quilômetros de você.

Olá!
Fale sério comigo - a vida tem muitas coisas ruins, mas uma das piores, certamente, é a distância.
Muitas pessoas passam grande parte de suas vidas morando em um lugar fixo, em uma cidade fixa - ali, elas constroem relacionamentos, ligações fortes que exigem uma energia muito grande para serem rompidas. Elas se acostumam a uma determinada rotina, a uma certa paisagem, a um certo nascer do sol. Elas constroem planos para o futuro, elas vislumbram sua trajetória.
De repente, a vida pode tirar isso delas.
Digo por experiência própria - a distância é impiedosa, ela não sente compaixão por ninguém. Às vezes, uma pessoa que nada fez para ofender o destino tem sua vida virada de cabeça para baixo. Que dilema! Em pouco tempo, as circunstâncias a forçam a se desapegar de tudo o que ela conhece para que ela vá para um lugar completamente estranho e assustador. Não ria, isso é sério!
É triste abrir mão de tudo o que você conhece e ama. Mesmo que você não esteja indo para muuuito longe, ainda assim não será a mesma coisa. Como explicar isso aos seus amigos? Como é que você vai fazer para explicar a eles que a saudade, talvez, transborde o seu coração?
Os primeiros meses são difíceis, não vou mentir para você. Ao abrir a janela, a paisagem não é mais a mesma. O barulho dos carros está diferente, parece até que o ar está diferente - dá medo de sair de casa. Aquele ainda não é seu quarto, nem mesmo o seu céu.
No entanto, você ganha dois professores - o tempo e a própria distância. O tempo te ensina que o desconhecido pode se tornar conhecido, e que, talvez, ele possa ser até mesmo uma coisa boa. O tempo vai te mostrar que existem novas pessoas, esperando que você as descubra. Ele vai te mostrar que, às vezes, as mudanças acontecem para que você cresça e se torne mais forte.
Já a distância...
Como eu disse, ela é impiedosa. Essa professora te mostrará que existe uma coisa chamada saudade, algo que, se você não aprender a controlar, pode envenenar o seu coração. Ela vai te mostrar, sem pedir e sem perguntar se você quer saber, quem são os verdadeiros amigos. Ela vai esfregar na sua cara quem são aqueles que realmente alimentam por você a mesma saudade que você alimenta por eles. Ela vai te mostrar o que é medo, o que é insegurança. É difícil, eu sei. É uma lição que nós precisamos aprender.
No fundo, as mudanças na vida são necessárias. Elas doem, elas nos empolgam, não podem ser ignoradas. Apesar dos desvios do caminho, nós ainda somos responsáveis por construir a nossa própria estrada. Os erros e os acertos dessa jornada nos tornam fortes e nos mostram, sem sombra de dúvida, do que é que nós somos capazes.
Você ainda deixará muitos amigos, muitas paisagens, muitas lembranças e muitos sonhos para trás. Isso, contudo, não quer dizer que você vá abandoná-los para sempre. Na hora certa, você vai saber quais deve resgatar. Você ainda deixará muitos amores e muitos portos seguros rumo ao desconhecido. A distância existe para nos lembrar de quão perto queremos estar das pessoas que amamos.
Se precisar de um amigo, eu estarei ali... A uns 403 quilômetros de você, mas estarei ali.
 
 
- Laila.



domingo, 26 de outubro de 2014

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Olá!
Bom, ontem eu estava procrastinando em casa - hein? - quero dizer, eu não tinha NADA para fazer, quando decidi assistir a um filme. Tenho um certo medo de me sujeitar a filmes novos, mas procurei algum que eu ainda não houvesse visto. Fuçando o YouTube pelo celular, vi na coluna de vídeos recomendados o trailer de um filme nacional que havia sido lançado em abril de 2014, e que eu lembrava ter tido interesse em ver, mas havia deixado passar. Procurando, descobri que o YouTube disponibilizava o filme completo, com áudio e imagem de qualidade. Sendo assim, fui assistir.
A duração do filme inteiro gira em torno de uma hora e meia.
Esse filme, dirigido e roteirizado por um cara lindo chamado Daniel Ribeiro, conta a história de Leonardo (Guilherme Lobo), um adolescente cego que procura, em sua rotina, conseguir fazer as coisas da maneira mais independente possível. Ele conta com a ajuda e a amizade de sua melhor amiga, Giovana (Tess Amorim), e com a proteção dos pais, embora, muitas vezes, ele se sinta restrito demais com a superproteção dos mesmos. Apesar de seu esforço diário para ser independente, Leo precisa lidar com a implicância de alguns colegas que se irritam com o fato de ele ser cego e dependente dos outros para certas coisas. Ele decide que quer fazer intercâmbio, encontrando nisso uma maneira de se tornar independente. No entanto, um aluno novo chega à classe dele, causando uma reviravolta em sua vida. Este aluno é Gabriel (Fábio Audi), que rapidamente se torna amigo de Leo e Giovana, e que vai fazer com que Leo comece a questionar coisas sobre si mesmo e que comece a se descobrir de uma maneira inesperada.
O filme é muito bem feito. Os cenários, os personagens, a trama... Todos esses elementos transformaram a história em algo natural, algo que o espectador consiga imaginar acontecendo na vida real. A relação entre os personagens - principalmente entre o trio principal - faz com que o espectador se questione acerca do que se trata, de fato, a verdadeira amizade. Até onde um ser humano pode se sentir restrito, até onde uma limitação física pode ser uma barreira entre você e os seus objetivos. O filme mostra, também, questões de aceitação social e de companheirismo. Os personagens foram muito bem construídos e os diálogos entre eles não parecem forçados. É uma obra nacional incrível.
Bom, fica aqui a minha recomendação para quem se interessar. Quem ainda não assistiu, assista! Vale muito a pena, e você pode encontrar este filme completo no próprio YouTube.
Quem já assistiu, conte para mim o que achou! Vou adorar saber!

 
- Laila.


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O que te irrita?

Olá!
Se você for um ser humano normal, deve haver muitas coisas que te irritam, certo?
Eu, por exemplo, me irrito muito com pequenas coisas, tipo:
- Um cílio se solta do olho da pessoa e fica passeando pelo rosto dela. Cara, sai daí! A testa da pessoa não é lugar para você, seu cílio irritante.
- A pessoa está falando e tem um fio de cabelo preso na boca dela. Meu... Você pode falar a abobrinha que quiser, mas tire essa porcaria do canto da sua boca.
- Eu estou andando na rua e tem uma pessoa lerda na minha frente que não me deixa passar por ela. Meu querido, a calçada é tipo uma rodovia duplicada, você não precisa ficar no meio das faixas!
- O professor está explicando alguma coisa e a pessoa o interrompe para fazer uma pergunta óbvia. SE VOCÊ TIVESSE ESPERADO MAIS CINCO SEGUNDOS ELE IA EXPLICAR ISSO TAMBÉM, CARAMBA!
- Você precisa pegar o carro em um dia chuvoso, e todo o universo decide fazer isso ao mesmo tempo. Eu não entendo isso! A rua fica mais atraente quando chove, é isso?
- Você está doente e o seu amigo diz "nossa, que bad". NÃO, IMAGINA, EU AMO QUANDO AS CACHOEIRAS ESCORREM DO MEU NARIZ.
No entanto, o que mais me irrita é a hipocrisia das pessoas. Eu vejo por aí as discussões que estão acontecendo por causa das eleições e por causa da crise da água, vejo pessoas criticando e julgando umas às outras, mas não vejo nenhuma solução efetiva.
Eu não entendo isso. De que adianta discutir por causa de candidatos políticos? De que adianta arranjar brigas e destruir amizades por causa de divergência de opiniões? Cada um tem direito a um posicionamento, e os outros devem respeitar isso. Se for para discutir, que seja com dignidade. Afinal, se você não tem dignidade, o que te resta?
As pessoas tem uma mania muito irritante de jogar a culpa nos outros. Você nunca está errado, você não comete enganos - é sempre o outro. Contudo, as pessoas se esquecem de que, num determinado momento, não vai ter mais ninguém a quem culpar. Você vai colocar a culpa em quem, agora? Na planta do seu quintal? No matinho que cresceu na areia da praia? No vento que bagunçou o seu cabelo?
Sem respeito e sem dignidade, o nível das discussões cai e se reduz a nada. As pessoas perdem a moral, perdem a coerência, perdem tudo. Elas se transformam em coisas, e isso me irrita muito.
Já passou da hora de revermos alguns pré-conceitos...

(vontade de enfiar esses dentes em algumas pessoas...)
 
- Laila.


domingo, 19 de outubro de 2014

Em um relacionamento sério com o Word...

Olá!
Cara, vou te contar um segredo.
Quando eu era criança, comecei a demonstrar aptidão para a escrita. Com sete anos, eu já escrevia poemas, e com nove eu comecei a escrever as minhas primeiras histórias. Meus pais e familiares me encorajaram a investir nisso, a escrever mais e mais. Meus amigos começaram a se interessar pelo que eu escrevia, pelas aventuras e personagens que eu criava. Eu achava isso uma delícia, pois escrever é uma atividade que me fornece imenso prazer, e parece ser inerente a mim - se passo longos períodos sem escrever, posso me tornar agressiva, de modo que sempre tenho que ter um caderno ou um computador em mãos.
Quando comecei a escrever livros, entrei em uma nova fase da minha vida. Além da minha coletânea de poesias, eu tinha os projetos de livro nos quais trabalhava. Comecei a evoluir, a amadurecer, a aplicar o que eu sabia a partir das centenas de livros que eu lera até então. Descobri que não era tão simples quanto parecia - o seu livro, além de coerência e personagens cativantes, precisa passar alguma mensagem ao leitor, caso contrário, ele não possui valor. Após sete livros despretensiosos, tive uma ideia, sobre a qual decidi me empenhar. Ela se transformou em uma trilogia, na qual ainda estou trabalhando.
Algumas pessoas tendem a ser cientistas, professores, esportistas, empresários, artistas, bem como engenheiros, filósofos, políticos, autodidatas, escritores...
No entanto, eu levei um chute de realidade direto no estômago. Para nos destacarmos em nossos campos de atuação, precisamos ser os melhores. Você, provavelmente, já ouviu isso dos seus pais - eles diziam a você que, para ter sucesso na vida, era preciso estar acima da média. Contudo, nós vivemos em um planeta que, atualmente, abriga mais de 7 bilhões de seres humanos. Todos eles possuem aptidão para alguma coisa, mas somente os melhores se destacam.
Às vezes, eu deito em minha cama e olho para o teto, desolada.
Por mais que eu ame o que sei fazer e que as pessoas digam que eu sei fazer muito bem, será que algum dia as outras 7 bilhões de pessoas poderão conhecer o meu trabalho? Será que, algum dia, eu serei capaz de passar a elas as mensagens que guardo dentro de mim?
Tantas coisas eu desejo fazer, e tantas vezes eu me sinto incapaz...
Você, que possui um talento seu e excepcional, invista nele. Desenvolva-o, torne-se o melhor que você puder, e então compartilhe-o com os outros, para que eles possam conhecer. Faça a diferença ao seu redor, seja o melhor que você puder ser.
O mundo precisa de pessoas assim, dispostas a mudar e a fazer a diferença.

 
 
- Laila.


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dia de Professor

"Esta é a lista de tópicos que eu vou cobrar na prova".
"Fiz isso para ver se vocês estavam prestando atenção".
"Abram o livro na página... Qual era a página mesmo?".
"GUARDE ESSE CELULAR OU EU VOU JOGÁ-LO PELA JANELA!".
Olá!
Bom, desta vez eu queria falar de um assunto que, particularmente, eu considero muito importante.
Dia dos Professores, aqueles lindos!
Todos nós sabemos que o professor é um profissional essencial para a formação de um indivíduo. Ele dedica uma vida inteira a adquirir conhecimentos e a passar estes conhecimentos aos seus alunos, para que eles possam se tornar excelentes profissionais e pessoas de caráter.
O professor é aquela pessoa que passa muitos sábados e domingos corrigindo provas, planejando atividades e bolando projetos. Ele não mora na escola - como muitos pensam quando são crianças -, ele tem uma família, e esta pode ser constituída de pessoas ou, às vezes, de gatos. O professor é aquela pessoa que passa pela sua vida por um curto período, mas que deixa uma marca que, na maioria das vezes, o tempo não apaga - ela se tornou lembrança.
O trabalho de um professor é, indiscutivelmente, louvável. Eles nos conhecem, nos ensinam e então nos deixam ir. Às vezes, nos acompanham por mais alguns anos. Eles possuem diversas origens e diversas maneiras de ensinar - e esta singularidade é o charme que eles trazem consigo. Existem várias tipos de professores.
- PROFESSOR "MENTIRA, ELA FEZ ISSO MESMO?": é aquele que, além de ensinar, se dispõe a te ajudar se você tem algum problema. Ele gosta de saber dos assuntos da classe e de dar opiniões, e normalmente é conciliador.
- PROFESSOR "FALAR JUNTO COMIGO É UMA TREMENDA FALTA DE RESPEITO": é aquele que segue as regras à risca e cobra isso de seus alunos. No fundo, ele se preocupa - ele quer que seus alunos aprendam e tenham sucesso na vida, e usa a rigidez como ferramenta para atingir este objetivo.
- PROFESSOR "NÃO GENTE, NÃO É TODDY, É LEIS DE SODDY!": é aquele que pega os detalhes de sua matéria e os transforma em piadinhas ou trocadilhos. Muitos destes ele sabe que não tem graça, mas mesmo assim ele tenta. É a maneira dele de te mostrar que, mesmo que você deteste a matéria, ela ainda pode se tornar divertida.
- PROFESSOR "VOCÊS SABIAM QUE...": é aquele que gesticula bastante durante a explicação. Gosta de contar curiosidades a respeito de sua matéria, para despertar a atenção de seus alunos e levantar perguntas em relação ao tema a ser abordado.
- PROFESSOR "HOJE É PROPOSTA LIVRE, SÓ QUE MAIS OU MENOS...": é aquele professor que, mesmo com poucas palavras, sabe como conquistar o respeito e a dedicação de uma classe. Seus trocadilhos são sutis e ácidos, e sua personalidade equilibrada ajuda a classe a se concentrar no que deve fazer.
Como eu disse, existem diversos tipos de professores. Todos, porém, possuem algo em comum - são inesquecíveis. Muitos países no mundo ainda não aprenderam a valorizar estes profissionais incríveis, mas eu prefiro acreditar que isso é apenas uma questão de tempo.
Feliz dia dos Professores a estes mestres que nos ajudam tanto!

 
- Laila.


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Teria o Ebola chegado ao Brasil?

Olá!
Bom, recentemente eu li e ouvi no noticiário que o Brasil está lidando com um caso de suspeita de Ebola.
Todo mundo sabe do surto de Ebola que está assolando a África e produzindo centenas de vítimas todos os meses, o qual só foi detectado a nível mundial em março de 2014. Iniciando-se na Guiné, espalhou-se rapidamente para países próximos como a Libéria e Serra Leoa, já foi parar até mesmo nos Estados Unidos, onde houveram uns poucos casos isolados.
Lógico, todos sabemos que esta situação é uma calamidade. As pessoas que vivem no continente africano estão enfrentando algo que se assemelha ao inferno - estão morrendo devido a uma doença viral de 90% de índice de letalidade, que se espalha livremente, favorecida pela falta de estrutura, higiene e medicamentos em grande parte dos locais. Não há cura, tampouco vacina - o Ebola executa suas vítimas de maneira rápida e imensamente dolorosa. Não é fácil imaginar o sofrimento das pessoas que vivem lá.
No entanto, recentemente, um homem em Cascavel, cidade localizada no interior do estado do Paraná, apresentou sintomas que poderiam indicar que ele estava contaminado com o Ebola. Este paciente chegou ao país vindo da Guiné, um dos países africanos que concentra o surto da doença. Ele já foi transferido ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, para que se possa confirmar se ele está ou não contaminado com a doença.
Eu, particularmente, espero que este homem possa se recuperar de seja lá qual for a doença que o aflige. Contudo, não posso deixar de me preocupar - e se esta doença terrível alcançar o Brasil? O risco é baixo, já foi dito, mas não é impossível. Deveria haver uma fiscalização muito mais rígida por parte dos aeroportos e companhias aéreas em relação ao fluxo de passageiros vindos do continente africano. É claro que não pode haver uma restrição absurda a eles, mas é preciso tomar um cuidado imenso para que essa doença não se espalhe pelo resto do mundo. Precisamos ajudá-los, mas não poderemos fazer isso se tivermos que cuidar de doentes em nosso próprio país.
Sendo este paciente um homem adulto, eu presumo que ele esteja plenamente consciente do surto de Ebola que está massacrando seu país e, inclusive, da possibilidade de ele próprio estar contaminado. Neste caso, por que viajar para outro país num momento de tanta tensão e risco? Por que, ainda mais sabendo que havia a possibilidade de ele trazer a doença para cá? Ele foi imprudente, mas não apenas ele - os aeroportos e as companhias aéreas também.
O Brasil, apesar de ser um país emergente, ainda não possui condições satisfatórias para lidar com um possível surto de uma doença tão perigosa quanto o Ebola. Nosso governo é deficiente, nosso sistema público de Saúde ainda é muito deficiente. O Ebola bate à porta, e não podemos nos descuidar e deixá-lo entrar.
AINDA NÃO HÁ NADA CONFIRMADO EM RELAÇÃO AO BRASIL, PORÉM...
Do fundo do coração, espero que a África consiga passar por cima do inferno no qual está vivendo. Nenhum ser humano merece se contaminar com uma doença tão cruel quanto essa. Precisamos impedir que o Ebola se espalhe para outros continentes e combatê-lo no local onde está fazendo tantas vítimas.
O vírus do Ebola não veio brincar. Ou ele, ou nós.

 
- Laila.


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Eu tenho cara de palhaço?

Olá!
Cara, eu preciso compartilhar isso com alguém. Se você tem acompanhado os debates entre os atuais candidatos à presidência da República, sabe exatamente do que eu estou falando.
No decorrer das últimas semanas, o eleitor brasileiro pôde acompanhar, em rede nacional, os debates entre os atuais candidatos à presidência da República. No entanto, dentre tantas perguntas e respostas, havia algo nos olhos de alguns candidatos que não passou despercebido a algumas pessoas - a crença de que o povo é estúpido.
Mais de uma vez, foi possível observar que, embora esses candidatos demonstrassem o desejo de representar o nosso país a nível global, não eram sequer capazes de oferecer uma resposta coesa às perguntas de seus adversários. Neste caso, qual seria a garantia do povo em relação à qualidade da oferta? Sabe-se que, infelizmente, grande parte da população brasileira ainda não possui níveis básicos de instrução. Contudo, isso jamais deve ser tomado como carta branca para que os candidatos descartem a seriedade em seus discursos, apenas por acreditarem que o povo pode ser facilmente ludibriado. Afinal, será que eles pensam que nós somos palhaços?
O eleitor vive o impasse de trocar seis por meia dúzia.
O histórico conturbado da política brasileira já é do conhecimento de muitos, e há muitos anos as pessoas veem os mesmos rostos e escutam os mesmos nomes no cenário político nacional. As eleições, atualmente, não servem mais para escolher o melhor candidato - elas se tornaram uma maneira de o eleitor escolher o representante que, em teoria, fará menos mal ao país.
Desde os tempos mais antigos - me senti uma múmia agora - o ser humano conhece as propriedades venenosas do poder. Ele corrompe, ele engana, ele induz más decisões. Além de tudo, ele ainda é subestimado por aqueles que o tem nas mãos! Tê-lo não é mais o suficiente - é preciso saber usá-lo, e os debates que precedem as eleições apenas mostram que os candidatos não possuem o discernimento necessário para assumir a presidência de um país tão rico e perturbado quanto o Brasil.
O povo brasileiro não mais precisa de mentirosos, salafrários e descumpridores de promessas no poder, representando-o de maneira inadequada. O povo precisa de um ser humano.
Isso, sim, é um assunto a se debater.

 
- Laila.