sábado, 22 de março de 2014

The Book Thief

Há algumas semanas atrás, eu assisti ao filme "A Menina que Roubava Livros".
Devo dizer, foi um dos melhores filmes que vi em toda a minha vida. A meu ver, o filme ficou bastante fiel ao livro, o qual eu li há uns dois anos, e a escolha do elenco foi excelente. A voz da Morte era profunda, grave, o tipo de voz que te faz refletir acerca da sua própria existência.
A melhor parte do filme foi o desenvolvimento da relação da Liesel com o Rudy e com o Max. O menino dos cabelos cor de limão enxergou nela alguém especial no segundo em que a viu pela primeira vez. Bom, ele e nós, os leitores e espectadores. Ainda há a amizade dela com o nosso querido rapaz judeu, que ensina a ela a minha lição favorita - "palavras são vida".
Eu concordo com a Morte - os humanos são coisinhas assustadoras. A Liesel passou por diversas situações difíceis na vida. Precisou superar a morte do irmãozinho, o abandono da mãe, as dificuldades da Guerra, como os bombardeios e a insegurança, além do profundo ódio pelo ditador que estava causando tudo isso, sentimento este partilhado por Rudy.
É preciso coragem e muita determinação para enfrentar tudo isso, para, ainda assim, encontrar algum sentido na vida. As pessoas vem e vão, como a própria Morte ensinaria para Liesel. Pessoas como Max se foram por falta de escolha, e a Guerra, logo depois, tratou de levar Hanz e Rosa Hubermann, além do jovem e corajoso Rudy Steiner.
Mas as pessoas como Liesel sabem que a vida é mais, sempre mais. Ela, quando jovem, aprendeu que as palavras são vida, e que as pessoas podem viver ali, podem ser encontradas nas palavras.
Naquela época sombria, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. Ficou amiga de um rapazinho com os cabelos cor de limão, que desconhecia as diferenças que tanto separam as pessoas. Foi adotada por Hanz Hubermann, o homem que tocava o acordeão, que jamais havia se esquecido das pequenas coisas que tornam as pessoas mais humanas, e por Rosa Hubermann, a mulher severa que guardava, dentro de si, a preocupação pela vida daqueles que lhe eram caros. E, ainda, ficou amiga de um rapaz judeu, escondido da Guerra, que lhe ensinou que as palavras podem se tornar eternas, e que as pessoas podem nelas serem encontradas. Liesel Meminger, a menina que fez a Morte imaginar como seria viver.
Ela, a menina que emprestava livros, não os roubava. Livros que nem sempre foram dela.

- Laila.

Um comentário:

  1. Quando li na contracapa desse a livro a frase "Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler" , não tenha duvida que eu parei para ler rsrsrs devorei o livro em dois dias e reli muitas vezes depois e sempre imaginei o quanto seria interessante ver a adaptação dele para o cinema. Tenho um certo medo de adaptações , pois muitas vezes não se transmite o que sentimos ao ler um livro, mas confesso que esse em especial me surpreendeu. Os detalhes estavam ali, Liesel,Hans,Rosa ...como na descrição do autor , as cenas da guerra, escutar as musicas tocadas por Hans, enfim perfeito. Digno de emoções e lágrimas.

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